Você perdeu o meu ponto. Existem maus instrutores por aí que não entendem a diferença entre situações de esporte e luta de rua. As habilidades e conceitos que você adquire em um ambiente formal de artes marciais oferecem uma vantagem definitiva, mas pode precisar mudar em uma situação de rua. O objetivo é escapar... vivo... mesmo que isso signifique fazer algo que seu esporte consideraria desonroso, como arrancar os olhos e morder.

Por exemplo, me deparei com um vídeo de Jiu-Jitsu demonstrando um arremesso de quadril em uma barra de braço de cruzamento. No vídeo, o instrutor diz ao público que é uma boa técnica de autodefesa.

Exceto que não é. Porque:

1. Enquanto o arremesso de quadril é bom, a barra do braço de cruzamento sacrificou uma boa posição defensável por uma posição ruim que o deixa aberto a vários atacantes ou seu agressor, caso você estrague a barra do braço.

2. Além disso, a barra do braço foi realizada usando a técnica esportiva que exige que você cruze uma perna sobre a cabeça do oponente. Mas adivinhem, se é uma briga de rua, não há regras. Não há penalidade se o seu oponente morde sua perna, mas agora você se machucou.

3. Finalmente, se você puxar a barra do braço e levá-la ao ponto de quebrar o cotovelo, um atacante bêbado ou drogado pode nem perceber a dor.

Portanto, é importante entender que a falta de regras pode alterar o valor das técnicas que você aprende.

Também desempenha um papel na compreensão dos prós e contras de uma arte marcial. Não há pulseiras ou golpes no judô. Não há luta no chão no Tae Kwon Do ou no Wing Chun. Não há armas usadas no Jiu Jitsu brasileiro. Mas a ausência de regras significa que qualquer uma dessas situações pode surgir em uma briga de rua.

Portanto, embora você não possa treinar com "sem regras", você pode estudar o impacto que a falta de regras tem em uma luta e estar preparado para isso.